Convexa pílula sem bula Nua dose de volúpia Tua gula é de laser Cada caverna profunda Quebra uma lei rotunda E uma noite moribunda Suga o dia No seio da teoria fria Morre mais um Platão Sem pão vem a nostalgia Álgebra sombria Penumbra de ilusão O vulcão da garganta Acalanta Kant canta Lazer vira pranto Em cada canto Se o encanto da saudade fala O fino fio da mortalha espreita Tudo o que é torto endireita Quando o mito cai O grito é infinito Quando cala E não sai A saia se esvai no vento Arraia raia o Sol O arrebol da praia Cheio de sabor e sal Colore as dores incolores Do teu corpo de cristal Ateu Poeta 30/12/2018
53-EUFEMISMO DE ILUSÃO As classes se calam A matéria fica A janela é o quadrado da liberdade A verdade do meu coração Mas, eu sou um mecanismo No eufemismo da ilusão Ateu Poeta 23/09/2018