Sempre, no silêncio transversal
Dançam as vozes da loucura
Simulando sanidade e sapiência
Só aparência da frequência
Gritam com a razão sem clemência
Na tentativa vã de dominá-la
E esta mostra toda a sua altivez
Sussurrando de vez
Que a sua tez sangra e cura
Ultrapassando a sepultura sentimental
Mais difusa
Que torna turva toda a trama
Embrionária dos caleidoscópios
De espectrograma
Do raio gama à cada grama do pulsar
Ideograma duma supernova
Drama rotacional numa estrela de nêutrons
Uma mente fatalmente desatenta
Aponta para todos os nortes
E se prende à sorte de nada alcançar
Ficando distante de qualquer lugar
Quanto maior a variedade
Mais o caos é delirante
E a feroz fenda temporal dissonante
Só acelera
Cruel crime cruciante
Que me importa viver mil eras
Sem montar na quimera do instante?
12/06/2018
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