51-MENTE LOUÇÃ
O próprio senso de beleza
É a realeza
Da droga natural
Seja sã, louca ou gutural
Soprano, tenor
Aguda ou rouca
As artes nunca foram humanas
Da natureza é que se gruda o cultural
A gruta mais medieval
Sobrevive aos séculos
E se aprimora
Óculos do ósculo da cegueira
Todo abismo chama para a beira
Pra lareira querem sempre
Nova bruxa
O mau político tem a sua bucha
No canhão que derruba um governo
Por mais moderno que seja
Todo ser carrega uma estrutura
Não governo a própria criatura
A fera fere forte à foice a fúria
Nada é o vigário sem a cúria
Assim como a curiosidade sem a razão
Ninguém sabe qual a sua estação
Neste trem de Cronos e Thanátos
A maioria se algema ao status
Meras estátuas de sal
Quimeras no clamor
Do vil metal
Megeras amarradas com afã
Mitologia vira terçã facilmente
Dentro de mente louçã
Ateu Poeta
08/09/2018
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